segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Organização da tese

É como um quebra-cabeças que a gente monta aos poucos. Só vai ser mesmo compreensível quando estiver pronto. Mas, enfim, no momento é assim que eu imagino que será a organização da minha tese sobre a tradução de Mickle de Os lusíadas:

1. Introdução. O de sempre: um resumo do que pretendo fazer na tese.

2. Pressupostos teóricos e metodologia,

3. Os lusíadas. Contexto sócio-histórico-econômico, contexto cultural, resumo, breve análise, recepção da obra em Portugal e nos países europeus (incluindo uma breve referência às principais traduções para todas as línguas europeias até o fim do século XVIII).

4. A Grã-Bretanha do século XVIII e a tradução. Contexto sócio-histórico-econômico, contexto cultural (o Iluminismo, o Neoclassicismo, o Gótico e o Pré-Romantismo) a tradução na Grã-Bretanha no século XVIII (incluindo uma retrospectiva sobre os conceitos da retórica clássica, a retórica na Grã-Bretanha do século XVIII, a tradução na França nos séculos XVII e XVIII e, finalmente, a tradução na Grã-Bretanha nos séculos XVII e XVIII).

5. Translatio studii et imperii. Capítulo curto, mas fundamental. Explica o que era a translatio.

6. O tradutor, William Julius Mickle, e seu Lusiad. Biografia de Mickle, descrição de sua obra poética, tentativa de demonstrar as suas influências góticas e pré-românticas. A tradução: suportes materiais, formas de circulação. Análise do material paratextual que acompanha a tradução: título, gravuras, epígrafe, lista de assinantes e, principalmente, a introdução e seus diversos e longuíssimos ensaios.

7. Análise comparada entre o original e a tradução. Esta é, na verdade, a parte mais importante. Todas as outras partes foram acrescentadas para embasar essa análise.

8. Conclusão.

Pode haver mudanças, claro. Ainda tenho muitas dúvidas. Além disso, a orientadora e a Banca de Qualificação podem dar sugestões que alterem bastante a organização. Será um trabalho volumoso. Dificilmente terá menos de 300 páginas.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Redigindo um rascunhão da tese

A primeira expedição de Vasco da Gama à Índia levou dois anos e dois meses. Ninguém sabe quanto tempo Camões levou para escrever Os lusíadas, mas estima-se que teria sido cerca de quinze anos. Mickle levou mais de quatro anos para traduzir Os lusíadas para o inglês. Eu tenho cerca de dois anos e meio para redigir a minha tese de doutorado sobre a tradução de Os lusíadas feita por Mickle. Mas tenho apenas seis meses para terminar isso que eu considero o primeiro rascunho de pelo menos 70% da minha tese.

É mais ou menos assim: no início de outubro eu preciso entregar o Relatório de Qualificação. Mas para que a minha orientadora tenha tempo de ler e comentar o Relatório, preciso terminá-lo no máximo até o fim de julho. Junto com o Relatório, eu gostaria de apresentar para a banca de Qualificação esse tal rascunho, para que eles possam ter alguma base para opinar, para me dizerem se o que estou fazendo faz algum sentido…

Por isso estou trabalhando pesado agora. Não sei muito bem o que fazer pra não deixar este blog abandonado. Talvez eu possa fazer uma espécie de “diário de bordo”, contando passo a passo o que estou fazendo na minha tese.