terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Feliz 2014!

Adoro cartões antigos, e este, de 1908, com o seu tema de viagem maritima, me pareceu especialmente adequado para postar no meu blog. Encontrei-o aqui, neste sítio de fotografias de alta qualidade e gratuitas.

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Que o novo ano traga muitas felicidades a todos os leitores deste blog e muita sorte (haja ferradura e porquinho) para que possamos realizar mudanças que tornem este país e este mundo menos desiguais…

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Artigo meu na “Tradução & Comunicação” (n. 26)

Saiu o número 26 da revista Tradução & Comunicação, com artigos interessantes abordando diversos temas ligados à tradução. A revista está disponível online, e vocês podem fazer o download de todos os artigos como arquivos pdf.

Posto aqui o resumo do meu artigo, “A 'Epopéia do Comércio': Os Lusíadas no Império Britânico do Século XVIII”:

Este artigo discute, à luz dos conceitos de reescrita, manipulação literária e patronagem de André Lefevere, alguns aspectos da tradução de Os lusíadas, de Luís Vaz de Camões, feita pelo poeta escocês William Julius Mickle. Essa tradução, publicada na Inglaterra em 1776, alcançou uma popularidade jamais igualada por outras traduções de Os lusíadas para o inglês. Pretende-se mostrar, pela exposição de alguns dados referentes à situação em que essa tradução foi realizada e por meio de alguns exemplos comparando o original e a tradução, que as profundas transformações (acréscimos, omissões, adaptações etc.) efetuadas por Mickle em relação ao original se articulam às condições históricas, sociais e econômicas de produção dessa tradução, assim como às normas culturais da época, uma fase de transição entre o Neoclassicismo augustano e o Romantismo. Mickle adaptou Os lusíadas para o público britânico do final do século XVIII, acrescentando paratextos de cunho ideológico, rotulando a epopeia camoniana como “A Epopeia do Comércio” e manipulando o poema original tanto no aspecto poético quanto ideológico. Dessa forma, Mickle transformou Os lusíadas em uma narrativa a serviço do Império Britânico.

É o primeiro artigo que publico sobre meu tema de doutorado, uma espécie de resumo de alguns tópicos que serão abordados em minha tese.

Um artigo cuja confecção eu acompanhei de perto é “'Andrea, ma così chi ti legge?': a linguagem de Camilleri e suas (im)possíveis traduções”, de minhá amiga Solange Peixe Pinheiro de Carvalho, que é agora a primeira pós-doutoranda na nova área de “Estudos da Tradução” da FFLCH-USP. Embora ainda não tenha lido nenhum livro do Camilleri, sou fã da série de TV Il Commissario Montalbano, que já comentei aqui, e acho fascinante a pesquisa de dialetos feita pela Solange.