terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Feliz 2014!

Adoro cartões antigos, e este, de 1908, com o seu tema de viagem maritima, me pareceu especialmente adequado para postar no meu blog. Encontrei-o aqui, neste sítio de fotografias de alta qualidade e gratuitas.

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Que o novo ano traga muitas felicidades a todos os leitores deste blog e muita sorte (haja ferradura e porquinho) para que possamos realizar mudanças que tornem este país e este mundo menos desiguais…

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Artigo meu na “Tradução & Comunicação” (n. 26)

Saiu o número 26 da revista Tradução & Comunicação, com artigos interessantes abordando diversos temas ligados à tradução. A revista está disponível online, e vocês podem fazer o download de todos os artigos como arquivos pdf.

Posto aqui o resumo do meu artigo, “A 'Epopéia do Comércio': Os Lusíadas no Império Britânico do Século XVIII”:

Este artigo discute, à luz dos conceitos de reescrita, manipulação literária e patronagem de André Lefevere, alguns aspectos da tradução de Os lusíadas, de Luís Vaz de Camões, feita pelo poeta escocês William Julius Mickle. Essa tradução, publicada na Inglaterra em 1776, alcançou uma popularidade jamais igualada por outras traduções de Os lusíadas para o inglês. Pretende-se mostrar, pela exposição de alguns dados referentes à situação em que essa tradução foi realizada e por meio de alguns exemplos comparando o original e a tradução, que as profundas transformações (acréscimos, omissões, adaptações etc.) efetuadas por Mickle em relação ao original se articulam às condições históricas, sociais e econômicas de produção dessa tradução, assim como às normas culturais da época, uma fase de transição entre o Neoclassicismo augustano e o Romantismo. Mickle adaptou Os lusíadas para o público britânico do final do século XVIII, acrescentando paratextos de cunho ideológico, rotulando a epopeia camoniana como “A Epopeia do Comércio” e manipulando o poema original tanto no aspecto poético quanto ideológico. Dessa forma, Mickle transformou Os lusíadas em uma narrativa a serviço do Império Britânico.

É o primeiro artigo que publico sobre meu tema de doutorado, uma espécie de resumo de alguns tópicos que serão abordados em minha tese.

Um artigo cuja confecção eu acompanhei de perto é “'Andrea, ma così chi ti legge?': a linguagem de Camilleri e suas (im)possíveis traduções”, de minhá amiga Solange Peixe Pinheiro de Carvalho, que é agora a primeira pós-doutoranda na nova área de “Estudos da Tradução” da FFLCH-USP. Embora ainda não tenha lido nenhum livro do Camilleri, sou fã da série de TV Il Commissario Montalbano, que já comentei aqui, e acho fascinante a pesquisa de dialetos feita pela Solange.

domingo, 20 de outubro de 2013

Fotos da 1a. Mostra Internacional de Arte Seilá

O evento foi uma delícia! Aqui vão algumas fotos.

Os livros de minha autoria, Vilém Flusser: a Tradução na Sociedade Pós-Histórica, Um Balde (escrito em parceria com Guian de Bastos e Eugênio Barata) e Vidró (escrito em parceria com Guian de Bastos); e a série Pañcatantra, traduzida pela minha mãe, Maria da Graça Tesheiner, junto com Marianne Erps Fleming e Maria Valíria Aderson de Mello Vargas:

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Nossa mesa de autógrafos:

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Marina Gonçalves De Bonis montando o painel com seus desenhos:

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Os outros autores – Luiz Oliveira, relançando Iroko: o Deus do Tempo, e Guian de Bastos e G.P. Figueiredo, lançando O Advogado que Entrou no Armário, terceiro volume da série Velho Império sem Czar:

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Mais fotos aqui.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

1a Mostra Internacional de Arte Seilá

Pra começar, o nome é perfeito: “Seilá” expressa muito bem toda a concepção desse evento, as suas potencialidades e, mais ainda, as expectativas que suscita. O que é inegável é aquela sensação indefinível de que algo vai ser.

Os participantes que eu conheço, por exemplo, são geniais. Vou mencionar apenas alguns porque, na verdade, este vai ser um evento de dimensões imprevisíveis…

Guian de Bastos e G. P. Figueiredo, que lançarão O Advogado que Entrou no Armário, terceiro volume da coleção Velho Império sem Czar;

Marina Gonçalves De Bonis, desenhista, autora das ilustrações da série Velho Império sem Czar, irá expor alguns de seus trabalhos – vocês podem ver uma pequena amostra aqui;

Luiz Oliveira, o autor de Tank e Wang sob o Domínio dos Plutopatas sem Noção Sedentos por Flatorfina, estará relançando seu livro mais recente, Iroko – o Deus do Tempo;

Maria da Graça Tesheiner, uma das tradutoras da coleção de fábulas sãnscritas Pañcatantra, estará autografando o último livro da coleção, lançado recentemente;

e, sim, vou me incluir no quadro, quase à maneira de Velázquez, embora eu escape à definição de “genialidade” com que rotulei os participantes acima. Eu, Cláudia Santana Martins, estarei lá, autografando meu livro Vilém Flusser: a tradução na sociedade pós-histórica e, quem sabe, algumas outras obras pré-pós-históricas…

Outras pessoas maravilhosas estarão lá, mas elas são misteriosas e eu não saberia como falar delas no momento. Tudo o que eu posso dizer é: esse evento é imperdível. Seilá.

Data: 19 de outubro (sábado), a partir das 17h
Local: Espaço dos Parlapatões – Praça Roosevelt, 158. São Paulo

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

O Advogado que Entrou no Armário (Velho Império sem Czar)

Tenho ótimas notícias hoje: O Advogado que Entrou no Armário. terceiro volume da série Velho Império sem Czar, escrita por Guian de Bastos e G. P. de Figueiredo, será lançado na 1a Mostra Internacional de Arte Seilá, no dia 19 de outubro, a partir das 17h, no Espaço dos Parlapatões, Praça Roosevelt, 158, São Paulo  (falarei mais sobre esse evento nos próximos dias).

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Texto da contracapa:

A agromáfia domina o país. Seus tentáculos alcançam a produção de transgênicos, margarina, produtos light, pesticidas e música country. Para conter o inexorável processo de entomologização antropocêntrica, é imprescindível superar os limites das leis da termodinâmica e da seta do tempo. Mas quem estaria disposto a retornar à época da ditadura militar para construir uma organização de resistência? Repleto de testosterona e outros hormônios indefinidos, “O advogado que entrou no armário” é a pungente confissão de Fred, o advogado que abandonou filha, companheiro e cãozinho para, com o auxílio dos deuses, investigar e combater as ardilosas maquinações da agromáfia, trazendo luzes à investigação histórica sobre as causas e consequências daquele pindura no dia XI de Agôsto de um ano qualquer do século passado.

(Se você quiser saber mais sobre a série Velho Império sem Czar, tenho uma série de postagens aqui.)

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Lançamento do último livro da coleção Pañcatantra

A festa de lançamento do terceiro e último livro da coleção Pañcatantra, traduzida por minha mãe, Maria da Graça Tesheiner, junto com Marianne Erps Fleming e a Profa. Dra. Maria Valiria Aderson de Mello Vargas, será na Livraria da Vila da Alameda Lorena (n. 1731), no dia 5 de outubro (sábado), das 15h às 18h.

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Sobre o Pañcatantra:

“Ao perceber que esta era a essência de toda a ciência política do mundo, Vishnusharman elaborou este cativante tratado em cinco partes.” (Pañcatantra, Livro I, Prólogo)

O Pañcatantra (“Cinco Tratados”) é uma coleção de fábulas compiladas em sânscrito no início da Era Cristã. Essas cinco partes – cinco livros, ou cinco tratados – têm o objetivo de instruir jovens príncipes sobre a complexidade do comportamento humano. A análise dos temas que se entrelaçam é conduzida pelas histórias que se encaixam e pelas sentenças gnômicas intercaladas.

Os cinco livros que constituem o Pañcatantra são independentes em conteúdo e desiguais em extensão (o primeiro livro é bem mais extenso do que os outros). Por isso, as tradutoras da série, Maria da Graça Tesheiner, Maria Valíria Aderson de Mello Vargas e Marianne Erps Fleming, dividiram a publicação da obra numa série de três volumes:

1º. volume - Livro I (A Desunião de Amigos);
2º. volume - Livros II (A Aquisição de Amigos) e III (A História dos Corvos e das Corujas);
3º. volume - Livros IV (A Perda do Bem Conquistado) e V (A Ação Impensada).

O terceiro e último volume, agora lançado, vem completar a série. O Livro IV alerta para a possibilidade da perda do que se ganhou, enquanto o Livro V, para a necessidade de não se agir precipitadamente. A par do caráter moralizante dos ditados e provérbios presentes na estrutura das fábulas, a multiplicidade de opiniões a respeito de cada tema aponta para o fato de que não há verdades absolutas na sabedoria tradicional.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

“Highlights” do XI CONGRESSO INTERNACIONAL DA ABRAPT e V CONGRESSO INTERNACIONAL DE TRADUTORES

  • Em primeiro lugar: a tradução simultânea e interpretação para a Libras das palestras, mesas-redondas, alguns simpósios e – o que mais me surpreendeu e encantou - das apresentações musicais. Em especial: foi uma experiência fascinante ter a minha comunicação traduzida/interpretada para a Libras.
  • Gostei da conferência de Judith Woodsworth. Eu não sabia do envolvimento de Gertrude Stein com (pseudo?)-traduções. Fiquei com vontade de ler Three Lives (que seria baseado nos Três Contos de Flaubert – um livro que admiro muito).
  • Gostei muito da mesa-redonda sobre a tradução de Shakespeare – principalmente da parte da Profa. Marcia A. P. Martins (PUC-RJ) sobre a adaptação das obras de Shakespeare para mangá.
  • O simpósio de que participei, Paratextos: Visibilidade, tradução e discurso, foi de alto nível e propiciou discussões interessantes – uma delas sobre o uso de notas de rodapé por parte do tradutor. Em sua instigante comunicação, Gustavo Althoff (PGET/UFSC) defendeu o uso das notas, junto com o de outros peritextos, nas traduções de obras de filosofia. Francisco César Manhães Monteiro, por outro lado, criticou o uso pedante das notas por parte de alguns tradutores.
  • Acompanhei parcialmente outros quatro simpósios: História e Historiografia da Tradução I – Brasil; História e Historiografia da Tradução II – Outros Países; Tradução Literária; e A tradução como espaço do provisório e do intraduzível: relações de tempo e espaço entre as línguas. No simpósio Tradução Literária foi discutida a dificuldade em se conseguir que as editoras brasileiras aceitem a tradução de dialetos ou o uso de diálogos mais próximos da oralidade. No simpósio A tradução como espaço do provisório e do intraduzível: relações de tempo e espaço entre as línguas também se discutiu o uso de notas de rodapé. Alguns participantes se declararam a favor, outros contra, mas parece haver uma unanimidade no sentido de se reivindicar uma maior autonomia do tradutor na decisão de incluir notas ou não. Nesse simpósio, achei especialmente interessante a comunicação da Profa. Dra. Viviane Veras (IEL-UNICAMP), que falou sobre “o intraduzível” – um de meus temas prediletos.
  • Apesar de todas essas palestras, mesas, comunicações e discussões interessantes, o melhor mesmo de todo congresso acadêmico é encontrar amigos, colegas e estabelecer novos contatos. Nesse aspecto, esse Congresso da ABRAPT foi altamente positivo, pelo menos pra mim.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

XI Congresso Internacional da ABRAPT e V Congresso Internacional de Tradutores

Estou começando a fazer as malas para ir ao XI Congresso Internacional da ABRAPT e V Congresso Internacional de Tradutores, na UFSC, em Florianópolis.

Vai ser um congresso poderoso! Aqui vocês podem baixar o folder, mas nesse folder só estão os eventos maiores, como palestras, mesas e shows. Há também 63 simpósios, e mais os pôsteres.

Vou participar do Simpósio Paratextos: Visibilidade, tradução e discurso, coordenado por Francisco César Manhães Monteiro e Pablo Cardellino Soto. Apresentarei a comunicação A “Epopeia do Comércio”: peritextos a uma tradução de Os lusíadas. Eis aqui o resumo da comunicação:
Este trabalho discute, à luz dos conceitos de paratexto e peritexto de Gérard Genette, os peritextos escritos pelo poeta escocês William Julius Mickle à sua tradução de Os lusíadas, publicada na Inglaterra em 1776. As profundas transformações (omissões, acréscimos, adaptações etc) operadas no original por essa tradução relacionam-se não só às condições culturais, mas também sociais históricas e econômicas de sua produção. Com habilidade, Mickle montou um verdadeiro “pacote” para apresentar a tradução, rotulando o poema de Camões como a “Epopeia do Comércio” e acrescentando vários textos prefaciais: um ensaio em defesa da expansão marítima; uma história do descobrimento da Índia; uma história da ascensão e queda do Império Português no Oriente; uma biografia de Camões; uma dissertação sobre a poesia épica; uma dissertação sobre a ficção da Ilha dos Amores; e cerca de 680 notas. O estudo desses peritextos contribui para o desvelamento das ideologias subjacentes à elaboração dessa tradução, a mais popular entre todas as traduções para o inglês de Os lusíadas até hoje.
Até a volta!

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Voltando à década de 90 (séries/seriados de TV)

Assisti à minissérie britânica House of Cards (1990) e suas duas sequências, To Play the King (1993) e The Final Cut (1995). É um drama político temperado com aquele humor britânico cheio de sutileza, refinamento e sarcasmo. Há  muitas referências a Macbeth e Ricardo III de Shakespeare. O anti-herói Francis Urquhart, representado magnificamente por Ian Richardson, conversa frequentemente com o telespectador, o que cria uma cumplicidade entre ambos, por mais sórdido que possa ser o comportamento de Urquhart. É brilhante.

Tenho assistido também, sempre que consigo um episódio, ao seriado italiano Il Commissario Montalbano, baseado nos livros de Andrea Camilleri com esse detetive (Salvo Montalbano). Como a minha compreensão da língua italiana não é perfeita, tenho acompanhado com legendas em inglês (o seriado vem sendo feito desde 1999, mas a BBC só começou a transmiti-lo no ano passao). Por enquanto só vi os episódios mais antigos, de 1999 a 2005. O seriado foi me conquistando aos poucos, com seu ritmo lento e personagens secundários que vamos conhecendo e apreciando mais a cada episódio. O personagem Catarella, em especial, com sua fala tipicamente siciliana, é deliciosamente divertido.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Murphy (Beckett)

Meu amigo Milton Ohata, da Cosacnaify, me enviou um exemplar do romance Murphy, de Beckett, em tradução do Prof. Fábio de Souza Andrade, da FFLCH-USP. A edição é muito bonita.

Não vou poder ler tão cedo, mas, assim que terminar, comentarei aqui no blog. Beckett sempre me fascinou. Pode parecer um oxímoro, mas ele me traz uma inquietação que me é, de certa forma, familiar, conhecida.

domingo, 8 de setembro de 2013

Homenagem a Brian e Esther Lane

Alun Armstrong decidiu encerrar a sua participação na série New Tricks em sua décima temporada. Com isso, seu personagem Brian Lane está se aposentando definitivamente do UCOS (Unsolved Crime and Open Case Squad of the Metropolitan Police Service). Assim, Esther, a esposa de Brian (representada pela atriz Susan Jameson), também não aparecerá mais em New Tricks. O último episódio em que os dois participaram, o quarto episódio da décima temporada, The Little Brother, foi um dos melhores da série.

Deixo aqui a minha homenagem a Brian Lane relembrando outro dos melhores episódios da série, It Smells of Books, gravado na London Library.

Brian Lane - Alun Armstrong

E registro aqui a minha homenagem a Esther Lane com esta imagem do último episódio em que Brian e Esther participaram:

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Valeu a pena ter assistido New Tricks até aqui principalmente por causa de vocês.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Em defesa das notas de rodapé

Tenho amigos que odeiam notas de rodapé. O principal argumento que lançam contra elas é: “Se são necessárias, por que não as incorporar ao texto? E se não são necessárias, por que usá-las?”

Até agora eu dava de ombros e tentava, sem muito sucesso, defender as notas de rodapé – principalmente naqueles trabalhos acadêmicos mais longos, como dissertações e teses. Sempre achei que, no fundo isso é uma questão de preferência pessoal, mas eu ficava meio frustrada quando essa discussão das notas de rodapé vinha à tona, porque não conseguia explicar satisfatoriamente a minha preferência.

Hoje, ao reler um capítulo do livro Paratextos Editoriais, do Gérard Genette (tradução do Prof. Álvaro Faleiros), encontrei a perfeita expressão para os meus sentimentos. Sim, eu sei que provavelmente as palavras do Genette não vão fazer ninguém mudar de ideia, mas talvez outros apreciadores das notas de rodapé se identiquem com elas, como aconteceu comigo. Genette (p. 288) diz que não há nenhum absurdo na ideia de se integrar as notas ao próprio texto, mas que, nesse caso, haveria alguma perda ou dano:

O dano evidente, pelo menos do ponto de vista de uma estética classicizante do discurso, é que uma digressão integrada ao texto corre o risco de provocar nele uma hérnia grosseira ou geradora de confusão. A perda pode consistir na eliminação pura e simples desta digressão, às vezes valiosa em si mesma.

Mas a principal perda seria que, ao privar-se da nota, o autor se privaria da possibilidade de um segundo nível de discurso que, às vezes, contribui para dar profundidade ao texto.

A principal vantagem da nota é, com efeito, disponibilizar no discurso efeitos pontuais de nuança, de surdina, ou como se diz ainda na música, de registro, que contribuem para reduzir sua famosa e, às vezes, enfadonha linearidade.

As notas oferecem até mesmo a possibilidade de se inverter um argumento, ou acrescentar uma “virada” paradoxal ao texto. Eu mesma já usei notas para obter vários efeitos diferentes, e isso é algo de que eu jamais abriria mão!

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Espionagem e desrespeito à autoria e propriedade intelectual na Internet

Diante das denúncias de espionagem norte-americana na Internet e da atitude do Google, reafirmando que seus usuários não têm mesmo direito à privacidade (recomendo a leitura deste artigo e dos links que o acompanham), tenho pesquisado formas de aumentar a minha segurança e privacidade na Internet.

Claro, cada um sabe onde o sapato aperta. Eu não estou disposta a trocar a maioria dos serviços ditos “proprietários”, como recomenda esta lista. O ideal seria que o fizesse, sim, mas há certas comodidades das quais, muitas vezes, não nos sentimos dispostos a abdicar.

De qualquer forma, gostaria de compartilhar com vocês algumas de minhas soluções.

Eu precisava, antes de mais nada, de um serviço de armazenamento em nuvem gratuito e que garantisse a minha privacidade. Nada gigantesco, não, apenas para fazer o backup de meus documentos pessoais mais importantes. Encontrei o SpiderOak. Por enquanto, estou muito satisfeita. É “zero-knowledge” (nem a empresa sabe o que estou guardando lá dentro), criptografado e, embora não seja tão fácil de usar quanto um serviço de armazenamento como o Google Drive, o DropBox ou o SkyDrive, também não é assim tão difícil.

Se o que você quer é um serviço para guardar e/ou compartilhar arquivos mais pesados, como filmes, há várias outras opções, como o Mega, o Mediafire etc. Esses tipos de provedores são úteis, mas não garantem um backup seguro dos seus arquivos.

Eu precisava também de um provedor de e-mails que fosse gratuito e seguro. Encontrei o Mailoo.org, com servidores na França. Estou me dando muito bem com ele, mas me parece o tipo de empresa “de um homem só”: o dono saiu de férias agora e só volta no fim do mês, então até lá as novas inscrições estão suspensas, hahaha. (Tipicamente francês.) Indico, então, o OpenMailbox, também com servidores na França. Um problema é a capacidade de armazenagem pequena, apenas 250MB. O Mailoo.org oferece 1GB, o que ainda é pouco para as minhas necessidades, mas… dá-se um jeito.

Há muitas outras opções. Essas foram as que encontrei e que estão dando certo pra mim.

sábado, 3 de agosto de 2013

Seriados/séries de TV

Uma rápida atualização dos seriados/séries de TV que acompanho:

Elementary, Game of Thrones, Once Upon a Time e Mad Men, que eu acompanho mais ou menos à medida que passam nos EUA, estão em “hiato” por lá (e acho que por aqui também, com a possível exceção de Elementary). São ótimas séries, que recomendo para os fãs dos gêneros (respectivamente, histórias de detetive, fantasia épica, fantasia de contos de fadas e… drama de época).

Perdi o início da nova temporada de Newsroom, na HBO, e agora vou ter de correr atrás dos primeiros episódios. Também não assisti ainda ao primeiro episódio da décima temporada de New Tricks (BBC). Quanto à série dinamarquesa Borgen, vou esperar até que a terceira temporada passe na BBC, pois por enquanto não dá pra conseguir boas legendas em inglês. As duas primeiras temporadas foram muito boas.

O que tenho visto, então? Estou um ano atrasada em White Collar: assisti recentemente ao delicioso episódio 6 da quarta temporada, “Identity Crisis”, em que Mozzie se envolve com uma organização de espiões do tempo de George Washington. Divertidíssimo. E tenho acompanhado também Teen Wolf, um seriado de baixo custo, sem grandes pretensões, para adolescentes, mas com uma trama de suspense e mistério que prende a atenção da gente. É uma ótima distração, para assistir com a família e ficar discutindo as diferentes possibilidades de resolução dos enigmas.

Assisti também aos dois primeiros episódios da série House of Cards britânica, de 1990. É uma sátira aos Conservadores britânicos do final da década de 80, pós-Thatcher. Simplesmente genial.

Save “The Borgias”!

Não, não espere alguma “fidelidade” histórica em The Borgias. A série tem muitas imprecisões, anacronismos e até descontinuidades. Mas o texto é deliciosamente irônico, muito bem escrito; os atores são ótimos; os cenários são belíssimos. E é uma pena que a história originalmente planejada por Neil Jordan para se desenvolver em quatro temporadas tenha sido encerrada ao final da terceira devido aos altos custos de produção. Acho que essa é uma série que merecia ter o final escrito por seu criador. Além disso, gostaria de ver mais episódios dessa inteligente e sedutora série. Por isso assinei a petição Save The Borgias.

A campanha “Save The Borgias” tem um website e contas no Twitter, Tumblr e Facebook. Junte-se a nós!

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Pós-Qualificação

Passei no Exame de Qualificação. Mas as sugestões fornecidas pela Banca implicam uma total reformulação da minha tese, algo que irá exigir MUITO trabalho. Só daqui a alguns meses poderei avaliar o que, em linhas gerais, é possível fazer e o que não é.

Um lance bem legal foi uma das componentes da banca, a muito querida professora Viviane Veras, dizer que leu o meu blog, e que viu que tenho aqui muito material pesquisado que não incluí na tese. É verdade!

Gostaria de ter tempo de postar mais material acadêmico aqui, só que as perspectivas para os próximos dois anos não são muito favoráveis… Mas vamos ver, né? Nem sempre se consegue prever o que irá acontecer. Esse Exame de Qualificação, por exemplo, me surpreendeu bastante. Antes dele eu achava que a minha tese era fraca e que provavelmente a Banca iria pedir para deixar essa ideia de lado e conservar o resto do trabalho. O que aconteceu foi o contrário: todos gostaram da tese, acharam-na original, e pediram que eu desse maior destaque a ela em detrimento de outras partes do trabalho que eu considerava mais “sólidas”.

domingo, 30 de junho de 2013

Manifestações como eventos, flusserianamente

Tenho lido muitas análises das manifestações dos últimos dias que as qualificam como “eventos”, no sentido de que elas não teriam passado, futuro ou organização. (Cito, como exemplo, o artigo do meu amigo Caio Leonardo, O Dedo Revoltado.) Isso é próprio da sociedade pós-histórica, ou telemática, como analisada por Flusser. Mais de trinta anos atrás, Flusser percebeu que o código linear, no qual se baseia a escrita e a própria história, está sendo substituído por um código estruturado por imagens – não as imagens tradicionais, da nossa pré-história, mas imagens baseadas em aparelhos técnico-digitais. Trata-se de uma mudança de paradigma que altera a nossa percepção até mesmo do tempo e do espaço, provocando mudanças epistemológicas. Flusser considerava essas mudanças irreversíveis e dizia que elas levariam, por exemplo, ao fim da política, pelo fim da distinção entre público e privado.

Infelizmente não tenho tempo para desenvolver a fundo, aqui, um estudo de Flusser, mas remeto os leitores do meu blog ao terceiro capítulo do meu livro, Vilém Flusser: a tradução na sociedade pós-histórica, especialmente entre as páginas 208 e 225. Aqui eu vou apenas elencar alguns pontos que acho especialmente relevantes para que se possa iniciar uma discussão sobre as manifestações que estão ocorrendo no Brasil (e no mundo, embora haja algumas diferenças entre umas e outras) em termos flusserianos.

Antes, uma definição: “sociedade telemática” seria a convergência das imagens técnicas (produzidas por aparelhos) com os meios de comunicação.

1) A aplicação do conceito de paradigma de Thomas Kuhn às transformações pelas quais estamos passando em nossa sociedade desde o final do século XIX, com a invenção da fotografia, e, principalmente, a partir da disseminação dos computadores. Uma mudança de paradigma implica alterações tremendas, inclusive em termos epistemológicos. A forma como entendemos o mundo – e como atuamos no mundo - está mudando de modo irreversível.

2) A análise de Flusser do fim da política, diante do fim da distinção entre público e privado. Já na década de 80 Flusser dizia:

As teclas não serão mais sincronizadas, mas ligadas entre si por elos reversíveis. Graças a tais elos (por exemplo, cabos), toda tecla será, em futuro não muito distante, ligada a todas as teclas. Poderá receber de todas as teclas e emitir rumo a todas as teclas. [...] Em tal situação aperfeiçoada do tatear [...], todos tatearão em concerto com todos. Por certo, McLuhan está enganado. Isto não pode ser chamado de “aldeia cósmica”, na qual todos publicam o seu privado e privatizam o público proposto por todas as privacidades. Isto não é mais possível onde não há mais privado a ser publicado e onde não há mais praça pública na qual seria possível publicar-se o privado.

3) A qualificação que ele aplica de "superficialidade" à atual sociedade telemática. Para Flusser, a nova epistemologia desconfia de tudo o que é “profundo”, pois a visão “profunda” revela o vazio ou o óbvio. É a visão superficial que leva à experiência do belo e da aventura. Flusser diz também que a sociedade telemática não está interessada em teorias, mas sim em estratégias.

4) A definição de Flusser do "novo homem", de um de seus últimos textos, de 1989:

Esse novo homem que nasce ao nosso redor e em nosso próprio interior carece de mãos. Ele não lida mais com as coisas, e por isso não pode mais falar de suas ações concretas, de sua práxis ou mesmo de seu trabalho. O que lhe resta das mãos são apenas as pontas dos dedos, que pressionam o teclado para operar com os símbolos. O novo homem não é mais uma pessoa de ações concretas, mas sim um performer. Homo ludens, não Homo faber. Para ele, a vida deixou de ser um drama e passou a ser um espetáculo. Não se trata mais de ações, e sim de sensações. O novo homem não quer ter ou fazer, ele quer vivenciar. Ele deseja experimentar, conhecer e, sobretudo, desfrutar. Por não estar interessado nas coisas, ele não tem problemas. Em lugar de problemas, programas. E mesmo assim continua sendo um homem: vai morrer e sabe disso.

5) A análise de que, nas redes da sociedade telemática, a maior parte das informações corre em fios dominados por emissores centrais e controlados por feixes irradiadores. Tal estrutura pode ser qualificada como “fascista” (de fascis, feixes) e leva à pulverização da sociedade, pois cada indivíduo se comunica diretamente com o aparelho.

Todos recebem imediatamente um número colossal de informações, mas todos recebem o mesmo tipo de informação, não importa onde estejam. Ora, nessa situação todo diálogo se torna redundante.

Entretanto, Flusser percebe “fios embrionais que correm horizontalmente através dos feixes”. Esses fios transversais ligam os indivíduos dispersos em diálogos. A questão é politizar a discussão nessas redes transversais. Esse novo engajamento político não se volta contra as imagens, pois nasceu no interior da revolução técnica atual e não se opõe a ela. A metáfora do “cérebro cósmico” é a que Flusser escolhe para retratar essa sociedade: cérebro que reuniria as pessoas dispersas, conectando-as como “células irradiantes de informação”.

Para mim, a grande surpresa das recentes manifestações foi as redes sociais (produtos do novo paradigma) terem encontrado as ruas (canal de expressão do paradigma antigo, baseado na história) e terem "tomado" as ruas com seu novo estilo (baseado no novo paradigma). É esse choque do novo e do velho que me entusiasma e me faz pensar que haja a possibilidade de, como dizia Flusser, "politizar as redes".

terça-feira, 18 de junho de 2013

Eu estava lá, ontem

Acho que foi o Friedric Jameson que disse que a história não é um texto – é fundamentalmente não narrativa, não ficcional –, mas só é acessível sob a forma de texto.

Mas isso é só um preâmbulo para dizer que sinto a necessidade de escrever, ainda que tosca e rapidamente, sobre a experiência que foi participar, ontem, dos protestos contra o aumento do preço das passagens em São Paulo.

Entendo perfeitamente o sentimento, expresso por muitos, de estar “acordando” depois de uma longa hibernação, depois de anos de apatia política. É bonito. Há uma crise de representatividade, como muito bem diz o meu amigo Caio. E não parecia haver canais de expressão para as nossas demandas não satisfeitas (que são, na verdade, muitas). As redes sociais, por mais ágeis e envolventes que sejam, não esgotam o problema. Faltava as ruas. Nestes últimos dias, a impressão que se tem é que as redes sociais descobriram as ruas. Belo, auspicioso encontro.

Foi bom estar lá. Eu, veterana das mobilizações contra a ditadura, pelas Diretas Já, pelo impeachment de Collor e tantas outras lutas. Meio perdida no meio de tanta gente – principalmente jovens. E como assim, não tem palanque, não tem político famoso, não tem nem carro de som? Por ora, parece melhor assim. Mesmo que a gente ache que talvez um pouquinho mais de organização fosse proveitoso, e que ter objetivos e plataforma política não é algo condenável, mas necessário para que esses movimentos possam se concretizar em mudanças. Mas é assim mesmo, “baby steps”, primeiros passos. Alguma coisa vai ser, como dizíamos em 1984 ou 1985.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Relatório de Qualificação entregue

Pois é, faz tempo que não atualizo o blog. Uma das razões é que, devido a uma possível viagem da minha orientadora no segundo semestre, precisei terminar o Relatório de Qualificação meio às pressas para poder fazer o Exame de Qualificação ainda neste semestre. Agora já entreguei o Relatório e meu Exame foi marcado para o final de julho.

Vocês vão entender melhor o que eu quero dizer com “trabalhei bastante na tese” se eu lhes disser que o Relatório ficou com 308 páginas… Dessas 308, 24 não fazem parte da tese – são itens mais ou menos obrigatórios e um tanto burocráticos no Relatório, como Histórico Acadêmico e uma descrição do projeto. As demais 284 páginas já fazem parte da tese – se a Banca de Qualificação as aprovar.

Eu não pretendia ter escrito tanto já a essa altura, mas o tema requer esclarecimentos em diversas áreas e, como eu tenho bolsa da CAPES, tive bastante tempo pra dedicar ao trabalho. Por outro lado, avalio que já tenha concluído entre 75% e 80% do trabalho (em termos de volume, por assim dizer) e, portanto, não creio que a tese vá ter mais de 400 páginas.

Vou parar a pesquisa durante um mês para me preparar para o Exame de Qualificação. É uma preparação importante, porque pretendo questionar cada linha do que escrevi…

Não vou prometer nada, a essa altura, mas, se calhar (é, estilo lusitano mesmo), eu posto aqui, de vez em quando, as minhas dúvidas cruciais.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Tema musical do “Game of Thrones”

Em homenagem ao início da nova temporada de Game of Thrones, dois vídeos com o belo tema musical da série.

Violino:

Este é com hurdy-gurdy, um instrumento totalmente exótico, não? Pena que não dá pra ver direito no vídeo.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Nova temporada de Jonathan Creek!

Alguém além de mim e do Guian conhece o Jonathan Creek no Brasil? Eu gosto muito da série e fiquei feliz em saber que a BBC encomendou uma nova temporada. E na próxima segunda-feira passa o tão esperado especial da Páscoa de 2013.

Jonathan Creek, representado pelo ator Alan Davies, é especialista em criar cenas para shows de magia. Devido ao seu conhecimento a respeito de todo tipo de truque, ele acaba sempre sendo chamado para investigar crimes de difícil solução. O que há de especial nessa série “de detetive” é que, mais do que no whodonit (“quem foi que matou”), a trama se concentra em COMO o crime foi realizado. Geralmente são crimes impossíveis à primeira vista.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Descontos na Livraria Humanitas

Pessoal, ressurjo das sombras (cinzas seria meio tétrico, né?) para avisar a todos os apaixonados por livros (especialmente os acadêmicos) que a Livraria Humanitas/Discurso está fazendo uma liquidação este mês. Os livros da Humanitas estão sendo vendidos com 80% de desconto, e os de outras editoras acadêmicas (listadas na gravura abaixo) com desconto de até 30%.

É uma boa oportunidade para comprar o meu livro, Vilém Flusser: a tradução na sociedade pós-histórica, com desconto, ahn? Alegre

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Organização da tese

É como um quebra-cabeças que a gente monta aos poucos. Só vai ser mesmo compreensível quando estiver pronto. Mas, enfim, no momento é assim que eu imagino que será a organização da minha tese sobre a tradução de Mickle de Os lusíadas:

1. Introdução. O de sempre: um resumo do que pretendo fazer na tese.

2. Pressupostos teóricos e metodologia,

3. Os lusíadas. Contexto sócio-histórico-econômico, contexto cultural, resumo, breve análise, recepção da obra em Portugal e nos países europeus (incluindo uma breve referência às principais traduções para todas as línguas europeias até o fim do século XVIII).

4. A Grã-Bretanha do século XVIII e a tradução. Contexto sócio-histórico-econômico, contexto cultural (o Iluminismo, o Neoclassicismo, o Gótico e o Pré-Romantismo) a tradução na Grã-Bretanha no século XVIII (incluindo uma retrospectiva sobre os conceitos da retórica clássica, a retórica na Grã-Bretanha do século XVIII, a tradução na França nos séculos XVII e XVIII e, finalmente, a tradução na Grã-Bretanha nos séculos XVII e XVIII).

5. Translatio studii et imperii. Capítulo curto, mas fundamental. Explica o que era a translatio.

6. O tradutor, William Julius Mickle, e seu Lusiad. Biografia de Mickle, descrição de sua obra poética, tentativa de demonstrar as suas influências góticas e pré-românticas. A tradução: suportes materiais, formas de circulação. Análise do material paratextual que acompanha a tradução: título, gravuras, epígrafe, lista de assinantes e, principalmente, a introdução e seus diversos e longuíssimos ensaios.

7. Análise comparada entre o original e a tradução. Esta é, na verdade, a parte mais importante. Todas as outras partes foram acrescentadas para embasar essa análise.

8. Conclusão.

Pode haver mudanças, claro. Ainda tenho muitas dúvidas. Além disso, a orientadora e a Banca de Qualificação podem dar sugestões que alterem bastante a organização. Será um trabalho volumoso. Dificilmente terá menos de 300 páginas.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Redigindo um rascunhão da tese

A primeira expedição de Vasco da Gama à Índia levou dois anos e dois meses. Ninguém sabe quanto tempo Camões levou para escrever Os lusíadas, mas estima-se que teria sido cerca de quinze anos. Mickle levou mais de quatro anos para traduzir Os lusíadas para o inglês. Eu tenho cerca de dois anos e meio para redigir a minha tese de doutorado sobre a tradução de Os lusíadas feita por Mickle. Mas tenho apenas seis meses para terminar isso que eu considero o primeiro rascunho de pelo menos 70% da minha tese.

É mais ou menos assim: no início de outubro eu preciso entregar o Relatório de Qualificação. Mas para que a minha orientadora tenha tempo de ler e comentar o Relatório, preciso terminá-lo no máximo até o fim de julho. Junto com o Relatório, eu gostaria de apresentar para a banca de Qualificação esse tal rascunho, para que eles possam ter alguma base para opinar, para me dizerem se o que estou fazendo faz algum sentido…

Por isso estou trabalhando pesado agora. Não sei muito bem o que fazer pra não deixar este blog abandonado. Talvez eu possa fazer uma espécie de “diário de bordo”, contando passo a passo o que estou fazendo na minha tese.