segunda-feira, 15 de agosto de 2011

D. Pedro II, tradutor

A revista TradTerm 17, da qual falei aqui alguns dias atrás, contém um interessante artigo intitulado “D. Pedro II, Monarca-Tradutor”, de Marcia Amaral Peixoto Martins e Anna Olga Prudente de Oliveira.

Lendo esse artigo, fiquei sabendo que D. Pedro II estudou pelo menos doze línguas: grego, latim, inglês, francês, italiano, provençal, alemão, tupi, guarani, hebraico, sânscrito e árabe. O imperador dedicou-se à tradução de poemas e textos religiosos da tradição judaica e catolica: quatro capítulos do livro de Ruth e fragmentos do Gênesis, os livros proféticos de Isaías, Jeremias e das Lamentações, os livros sapienciais de Jó, o Cântico dos Cânticos e os Salmos. Traduziu também Prometeu acorrentado, de Ésquilo, e as Mil e uma noites, do árabe. Depois de abdicar, traduziu Camões para o hebraico, e parte do Velho Testamento do hebraico para o latim (inclusive o Cântico dos Cânticos, Isaías, Lamentações e Jó). Do Novo Testamento, D. Pedro II traduziu os Atos dos Apóstolos.

Segundo o artigo, a atividade tradutória do imperador foi especialmente relevante para a preservação da memória do povo judeu, pelo resgate de traduções feitas por ele a partir do hebraico.

O artigo lista várias outras obras traduzidas pelo imperador e inclui, ao final, algumas traduções de poemas efetuadas por ele.

domingo, 14 de agosto de 2011

Downton Abbey

Domingão friozinho, chuvoso. Dia ideal para tomar uma xícara de Earl Grey e assistir a uma minissérie inglesa!

Downton Abbey é uma minissérie histórica, daquelas que os ingleses sabem fazer tão bem, só que… melhor ainda. A história começa em 1912, com as notícias do desastre do Titanic. A morte do possível herdeiro de Downton Abbey no desastre faz surgir o fantasma da perda da casa e da fortuna da família para um primo distante.

O que tem de especial em Downton Abbey é que a série retrata, paralelamente à vida dos aristocratas, a rotina de seus criados: camareiras, pajens, mordomo, governanta, cozinheira, ajudantes de cozinha, motorista… Esse retrato do que se passa na cozinha, nos estábulos, nas garagens e nos porões dá um colorido todo especial à série.

O elenco é de um talento ímpar, mas não há como não destacar, de maneira especial, a atuação de Maggie Smith. Ela é um show à parte.

Os detalhes de cenografia e figurino também são de fazer o queixo cair.

Pra não dizer que eu falei que a série é perfeita: algumas subtramas, como a do visitante turco, são um tanto exageradas, e o penúltimo capítulo é apressado e confuso, dando a impressão de que deveria haver dois capítulos em vez de um. Apesar disso, é uma das melhores séries a que já assisti nos últimos tempos.

A primeira temporada já está disponível em DVD. Uma segunda temporada está assegurada, devendo estrear no fim deste ano.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Once Every Never

Once Every Never é o nome do livro (literatura juvenil) que minha irmã e eu estamos traduzindo. Foi lançado no final de junho nos EUA. A autora, Lesley Livingston, é canadense e fez muito sucesso com a trilogia "Wondrous Strange", também para jovens adultos.

Once Every Never é o livro das aventuras de Clare Reid, uma garota adolescente que consegue viajar no tempo, voltando para o século primeiro na Antiga Bretanha. O livro mistura fantasia, história e mitologia celta de um jeito bem divertido.

A experiência de traduzir em dupla tem sido, embora trabalhosa, bastante enriquecedora.

Vocês podem ver a capa do livro em inglês e mais detalhes sobre ele na Amazon ou no blog da autora.

O livro terá continuação, vai se transformar em outra trilogia. É cedo ainda para saber se traduzirei o segundo e o terceiro livros também.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

TradTerm 17 & provas do livro

Terminei a primeira revisão de provas do meu livro (Vilém Flusser: a tradução na sociedade pós-histórica) a ser lançado pela Humanitas. Dá trabalho, mas é gostoso ver o projeto avançando!

E acaba de sair a TradTerm 17, que inclui uma resenha que escrevi para o belo livro “Walter Benjamin: Tradução e Melancolia”, de Susana Kampff Lages. Nesse mesmo volume da TradTerm há vários outros artigos interessantes, como os da Marly D’Amaro Blasques Tooge, Paulo Edson Alves Filho, Irene Hirsch e do Prof. John Milton, entre outros. A TradTerm ainda não é publicada digitalmente, mas logo passará a ser. Por enquanto, ela pode ser adquirida na FFLCH, na sala do CITRAT e na livraria da Humanitas, entre outros locais.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Tudo ao mesmo tempo agora

Muito trabalho neste começo de agosto!

1) Comecei a traduzir, em parceria com minha irmã, um livro de ficção juvenil;

2) estou terminando o trabalho final da disciplina que cursei no semestre passado no doutorado;

3) a diagramação do meu livro a ser lançado pela Editora Humanitas está pronta, e eu preciso revisá-la;

4) continuo fazendo aquelas pequenas traduções para os franceses, uma vez por semana.

Por tudo isso, ainda não vai ser nesta semana que irei postar uma longa mensagem aqui. Mas espero poder contar detalhes dessas atividades assim que eu puder respirar novamente.